Não é mistério que os usuários de celulares compõem incríveis 92% da população global online. Quem não ama seu smartphone? Nós os levamos para todos os lugares – o sofá, o bar, as compras de supermercado, para a cama… até mesmo para o banheiro.
Os smartphones são a tecnologia que mais cresce na história da humanidade. Na verdade, 4,6 bilhões de pessoas usam um, 2,3 bilhões dos quais estão ativos online. O estádio do Maracanã no Rio de Janeiro tem uma capacidade de audiência de 78.838 mil pessoas, 2,3 bilhões de usuários móveis on-line é aproximadamente o equivalente a 30 mil Maracanãs lotados. Mesmo artistas como Anitta e Ariana Grande teriam dificuldades para chamar a atenção de um público tão grande.
No entanto, 52% das empresas ainda usam diretrizes de para fazer conteúdos da marca que se aplicam igualmente a todos os dispositivos e canais. O conteúdo mobile first é mais do que apenas adaptar os pixels e a proporção do conteúdo feito para a versão desktop. É colocar o conteúdo mobile na vanguarda da estratégia de marketing de conteúdo de uma marca. E para engajar bilhões de ávidos roladores de celular, o conteúdo precisa ser criado para brilhar no celular.
O que torna o conteúdo mobile first tão especial?
Tudo se resume à “mentalidade mobile”. Clicktale e pesquisadores da Wharton School da Universidade da Pensilvânia estudaram essa mentalidade e descobriram:
“Uma mentalidade mobile é individualista, autofocada e mais relaxada devido a uma percepção de ‘zona segura’ criada por um smartphone. Para os usuários, o engajamento com um smartphone desencadeia relaxamento e conforto psicológico, ao qual eles recorrem em momentos de estresse ou preocupação.”
Smartphones realmente nos fazem sentir relaxados e confortáveis. Quando estamos nessa zona segura, procuramos conteúdo que seja:
Entretenimento (cultura pop, esportes, notícias)
Trabalho autônomo (vs. trabalho formal)
Prazer pessoal
Alegrias rápidas e soluções funcionais
Uma estratégia mobile-first deve equilibrar todos esses fatores para alcançar usuários móveis em sua zona segura, o que, por sua vez, melhora a experiência do cliente, influencia os comportamentos de compra e incentiva a ação no na página. Até final de 2021, prevê-se que as vendas globais de e-commerce na versão mobile superem US$3,56 trilhões, um número que está crescendo a cada ano.
Esse é um potencial incrível. Entender a mentalidade móvel não é apenas senso comum, é senso financeiro sólido.
Então, como os profissionais de marketing podem criar conteúdo para a mentalidade móvel? Aqui estão cinco maneiras de criar conteúdo móvel que aparece e interrompe a temida rolagem aleatória.
1. Pregue a experiência do usuário (UX) e personalização
Os telefones celulares têm tudo a ver com gratificação instantânea. As pessoas abandonarão um site ou aplicativo em um piscar de olhos. Se você quiser melhorar as taxas de rejeição e incentivar visitas de retorno aos seus sites, foque na experiência do usuário (UX).
A experiência do usuário sempre foi influente, mas em após 2020 também estamos vendo a experiência do usuário tomar um novo rumo para o conteúdo mobile. A funcionalidade do smartphone está liderando a direção do conteúdo, com personalização aprimorada, interação por voz, animação avançada, deslize líquido e design sem botões.
E em 2021, conteúdo assimétrico, microcópia informal, elementos 3D imersivos e modo escuro devem ser ainda mais cruciais. Trata-se de criar conteúdo que efetivamente entregue conteúdo escrito para o público-alvo.
Em suma, a experiência do usuário mobile está se adaptando continuamente para incorporar novas tecnologias.
Mais especificamente, uma marca precisa ser hipermóvel, pesquisável, alcançável e compartilhável em todos os lugares e em todos os momentos. Pense nisso, quem quer esperar mais do que alguns segundos para que os elementos de uma página da web carreguem quando estiverem em movimento?
Na verdade, uma empresa tem três segundos para carregar antes que o consumidor médio passe para outra coisa. O conteúdo móvel precisa ser fácil de visualizar, usar e interagir no celular. Uma marca também deve entrar em contato através do dispositivo para se envolver com o consumidor quando ele estiver em movimento.
A hipermobilidade usa geotargeting para ajudar a fornecer a um usuário de smartphone informações com base em sua localização em tempo real. Vai além de ‘cafés perto de mim’ e transforma o ambiente imediato de um consumidor em uma experiência imersiva, interativa e profundamente pessoal.
Desde simples extensões de anúncios locais até o uso de realidade aumentada para verificar como fica aquele sofá do showroom na sua sala de estar.
DICA DE MARKETING MOBILE TOP
Qualquer conteúdo que você planeje publicar, considere como você pode torná-lo “famoso” com interatividade.
Por exemplo, você poderia abordar seu público-alvo diretamente com elementos personalizados?
Ou trazer animação responsiva à rolagem para chamar a atenção dos scrollers?
Mapeie para onde você quer que seu conteúdo social ou site leve seu visitante e, em seguida, veja se o caminho que você definiu parece natural em termos de movimento e se rola bem.
2. Contagens de imagens: todos nós gritamos por uma tela agradável
No comportamento do consumidor, Brain Rules, o autor e biólogo molecular John Medina explica que, com os visuais certos, o público tem seis vezes mais chances de se lembrar da sua mensagem. Usuários móveis adoram fotos, gráficos, qualquer coisa que os faça pensar “UAU!” Seja Instagram, Twitter, TikTok, Facebook, YouTube ou LinkedIn, o conteúdo visual aumenta substancialmente o engajamento do conteúdo. Medina explica o quão poderoso isso é:
“Somos incríveis em lembrar fotos. Ouça uma informação e, três dias depois, você se lembrará de 10% dela. Adicione uma foto e você se lembrará de 65%.”
Então, que tipo de imagens funcionam melhor?
Escolher a imagem certa não é apenas sobre o fator de deslumbramento. Para engajar usuários móveis, as imagens móveis precisam ser:
Criativa e envolvente – para chamar sua atenção, as imagens devem ser coloridas, ousadas e animadas.
Funcional, hipercontextual – as imagens dão a mensagem.
Otimizado para dispositivos móveis e canais – imagens atraentes e com aparência profissional brilham em smartphones.
Humano, inspirador e único – faz com que os usuários móveis se sintam bem ou compreendidos.
Historicamente, a maioria dos conteúdos publicitários têm sido informativos. Em outras palavras, é simplesmente transmitido informações sobre o que o produto ou serviço faz… uma coisa cerebral.
Mas com o passar do tempo, a publicidade transformacional, ou a coisa do sentimento, é muito mais eficaz no celular. Um estudo de publicidade de referência explica que a publicidade transformacional torna a “experiência de usar o produto mais rica, mais quente, mais emocionante e/ou mais agradável”, descrevendo a experiência do anúncio com a experiência de usar a marca.
Trata-se de fazer com que o cliente sinta a marca. Chame-o de efeito Don Draper… considerando que o Don foi puxado para o século XXI.
DICA DE MARKETING MOBILE TOP
Não se limite a fotografias estáticas e imagens. O conteúdo do vídeo é de longe o mais popular. Na verdade, ele recebe 1200% mais interação do que fotos e texto. Sim, isso não é um erro de digitação, MIL E DUZENTOS PORCENTO!
3. Crie uma estratégia de conteúdo mobile-first que apareça
Tamanho único nunca serve para todos. Pense nisso, todos nós compramos o chapéu empoleirado no topo de nossas cabeças, ou as calças penduradas nos joelhos. Usar o mesmo conteúdo para desktop no celular é um falso passe de moda digital; o que funciona para um canal não funciona no celular.
“Usar as mesmas diretrizes de marca de conteúdo para desktop em dispositivos móveis é um falso passe de moda digital.”
No entanto, muitas empresas ainda estendem as diretrizes de consistência da marca em todos os tipos de mídia, incluindo materiais impressos e digitais, o site para desktop, folhetos, blogs e muito mais – aliás ninguém tem tempo sobrando, certo?
Claro, seu texto e imagens podem se unir para formar um conteúdo coeso do site que está na marca. Mas essas diretrizes de marca existentes podem não se traduzir em conteúdo móvel. Na verdade, eles podem parecer terríveis ou bizarros.
Talvez a fonte do site se torne quase invisível, ou suas fotos de banner pareçam desordenadas quando compactadas para caber na tela do celular.
Quando você considera que 2,3 bilhões de pessoas estão viajando pela internet na versão mobile, é importante reservar um tempo para formular um conjunto separado de diretrizes para conteúdo móvel. Como disse uma vez o renomado praticante britânico de identidade corporativa e branding Wally Olins:
“No geral, porque branding é sobre criar e manter a confiança, significa cumprir promessas. As melhores e mais bem-sucedidas marcas são completamente coerentes. Cada aspecto do que eles fazem e do que são, reforça todo o resto.”
O conteúdo mobile-first é o resultado do alinhamento da marca com as necessidades de um dispositivo móvel. Para fazer isso de forma eficaz, você precisa:
Manter-se simples – Sites móveis simples e responsivos precisam de texto maior e alta velocidade.
Elementos interativos de tamanho grande – Os sites são navegados por dedos, portanto, os elementos interativos devem ser grandes o suficiente na tela.
Gráficos e logotipos mudam – Eles geralmente traduzem de forma diferente em celulares, então verifique como eles são dimensionados.
A cor é fundamental – 80% dos consumidores consideram a cor de uma marca uma grande parte do reconhecimento de uma marca, portanto, certifique-se de que todas as suas cores estejam lá.
Além de melhorar a experiência e o engajamento do usuário, criar uma estratégia mobile-first ajudará você a entrar nos bons rankeamentos do Google também. Sites que seguem as melhores práticas móveis são migrados para a indexação mobile-first – o que significa que seu site móvel ganhará mais atenção se você seguir as diretrizes compatíveis com dispositivos móveis.
DICA DE MARKETING MOBILE TOP
Pense no que você quer que seu público faça com seu conteúdo antes de decidir como ele se parece. Você quer que eles compartilhem? Inspire-se para comprar alguma coisa? Envolver-se com isso? Aplicado cuidadosamente com o objetivo já em mente, as diretrizes da sua marca guiarão consistentemente seu público para a ação.
4. Conteúdo + mídia social = #relationshipgoals
“O conteúdo é fogo, as mídias sociais são gasolina.” Jay Baer, Presidente, Convince and Convert
Metade das pessoas na Terra usa mídias sociais com o usuário médio acumulando uma média de 144 minutos por dia em sites e aplicativos de mídia social. Há um enorme potencial, e o melhor é que a jornada entre o conteúdo móvel e os canais de mídia social é suave no celular, o que significa que os usuários são mais propensos a saltar entre os dois.
Considere como você pode vincular seu conteúdo móvel no local a canais externos – como Facebook, LinkedIn, Twitter, YouTube, Instagram e TikTok. Cada uma dessas plataformas melhora o engajamento com seu público, oferece uma oportunidade de se tornar viral e fornece estatísticas para download ao seu alcance.
Lembre-se, cada plataforma de mídia social atrai um público diferente, então você vai querer que seus posts alcancem usuários-alvo de maneira diferente em cada canal, pergunte a si mesmo:
Quem é o seu público-alvo?
Quais aplicativos de mídia social eles são mais propensos a usar?
Quando seu público-alvo usa as mídias sociais?
Um influenciador pode servir como um atalho?
Seja estratégico com postagens e engajamento em canais externos e ajuste as configurações do seu conteúdo para aderir às dimensões e ao público padrão desses canais.
Para blogs e páginas da web, você também deve olhar para a configuração de meta imagens automatizadas – as imagens que aparecem quando alguém compartilha seu conteúdo fora do site.
Existem 3,8 bilhões de usuários de mídia social. Conectar seu conteúdo mobile-first às mídias sociais requer muito tempo e pesquisa antecipadamente, mas vale a pena.
DICA DE MARKETING
As mídias sociais permitem que você converse com seu público, mas também permitem que você obtenha engajamento e insights valiosos do seu público. E não estamos falando apenas de check-ins do Foursquare, que é tão 2010, mas ainda é uma coisa para sua informação. Se você incentivar o engajamento com seus posts, receberá uma pesquisa de mercado gratuita e imediata sobre o que funciona e o que não funciona, para que possa aprender e corrigir. Adapte-se e evolua, até obter aquele ‘pop’!
5. Palavras têm poder: faça-as ficarem mais fortes com o celular
Você sabia que um simples anúncio de pesquisa mobile do Google pode aumentar a conscientização em 45%? Ter um site visualmente liderado, pode ajudar a dividir informações importantes em pedaços, mais facilmente digeríveis, mas, como uma união poderosa, até mesmo boas imagens precisam das palavras certas. Até mesmo a cópia precisa ser adaptada para dispositivos móveis.
A maneira como capturamos um público mobile em movimento ou de outra forma é diferente da área de trabalho. Enquanto o texto no desktop deve aderir ao modelo ‘F’ (escrita focada no topo da página e depois à esquerda como o delineado), os usuários móveis estão procurando encontrar as informações que desejam, bem na frente de seus rostos, no momento certo.
Resumindo, o conteúdo móvel precisa aparecer. Então, seja breve e prepare-se para os limites de palavras recomendados, esteja você escrevendo textos para um post social, notificações push, texto estático, títulos e banners ou histórias animadas.
O uso móvel é uma experiência altamente pessoal, então você vai querer uma mensagem de alto impacto, concisa, memorável, com um call to action claro. Não há espaço para balançar e se um consumidor vir enormes blocos de texto, você está pronto.
Não tenha medo de ser ousado; lembre-se de que o público móvel não está necessariamente procurando conteúdo que seja formal em seus smartphones. Seja qual for a estratégia que use, pensar em mobile-first irá ajudá-lo a evitar erros, mesmo aqueles que você não sabia que estava cometendo.
DICA DE MARKETING MOBILE TOP
Banners tradicionais, mesmo sabiamente redigidos, são incrivelmente impopulares em telefones celulares porque entram em conflito e bloqueiam visualmente o conteúdo que o usuário deseja ver, criando a temida experiência negativa do usuário. Evite-os ou certifique-se de que seu banner elogia visualmente o site em que você está anunciando.
Conteúdo móvel simplesmente ‘bom de ter’
É claro que já passamos do ponto em que o conteúdo móvel é apenas ‘um segundo reflexo’ ou ‘bom ter’. Criar conteúdo mobile-first é o nome do jogo – é onde você encontra seu público. O conteúdo mobile-first precisa atrair o público, esteja em seus ambientes mais íntimos, em seus próprios mundos privados ou andando pela rua.
Combinar imagens, integração social, mensagens e experiência do usuário o torna “pop”, não porque seja mais bonito, mas porque aproveita todo o potencial do conteúdo mobile-first. Criar uma estratégia de conteúdo móvel é um desafio que vale a pena. Intensifique a estratégia, e você não só explorará o mercado que mais cresce no mundo, mas também será convidado para a vida do seu cliente. E essa é uma ótima maneira de expandir sua empresa.
